sexta-feira, 15 de abril de 2011

Celebração da Ceia Pascal

CELEBRAÇÃO DA CEIA PASCAL

OBJETIVO E ORIENTAÇÕES GERAIS: A idéia é fazer memória da ressurreição de Cristo a partir da ceia judaica. Os símbolos, os gestos, o texto bíblico, a mesa e reflexões, tudo é convite para  celebrar com fé a festa da Páscoa a partir da tradição do povo antigo.

MATERIAL PARA A CEIA:
 Jarra para água, bacia, toalha para as mãos; castiçais e velas para colocar no centro da(s) mesa(s); ervas amargas (almeirão, rúcula, couve ); carne assada); pão; vinho; copos; bíblia; flores, uva e trigo.

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(Sentam-se todos  em torno da mesa, que pode ser preparada também no chão)

DIRIGENTE: Bem vindos todos. Estamos aqui para celebrar a vida de todos nós. Celebrar Cristo Ressuscitado e dar graças por tudo o que vivemos: alegria e dor, preocupações e prazer, abandono e solidariedade, tristeza e festa, desunião e amor, morte e ressurreição. Juntos vamos dizer como Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida, vida em abundância”.

TODOS: “Eu vim para que todos tenham vida, vida em abundância”.

DIRIGENTE: O mundo precisa de paz. É preciso lutar para que os sentimentos de justiça sejam formados nas pessoas. E para que a justiça e a paz se tornem concretas, é necessário perdoar e pedir perdão uns aos outros.

TODOS: PEDIDO DE PERDÃO: Um texto ou um canto de perdão...

COMENTARISTA:  O ato de lavar as mãos durante a Ceia da Páscoa significa a purificação interior de todos aqueles que participam do solene ritual. Do mesmo modo, após a apresentação dos dons, no chamado “ofertório” da Missa, o sacerdote repete este ato significativo. Muito provavelmente, foi justamente neste ponto da Ceia que Jesus se levantou e lavou os pés de seus discípulos, dando assim ênfase e expressão ao seu novo “mandamento” do Amor.

DIRIGENTE: Bendito sejas tu, Adonai*, nosso Deus, rei do universo, que nos santificaste com os teus mandamentos e nos ensinaste o ritual de lavar as mãos.

(A seguir, um “SERVIÇAL” passa uma jarra com água e uma bacia para que todos possam
lavar-se as mãos, como sinal do perdão de Deus e de que nos perdoamos uns aos outros)

DIRIGENTE: A luz sempre será um símbolo forte nas nossas celebrações e festas. Hoje, de modo especial, voltamos ao tempo de Jesus, para melhor celebrar as nossas vidas – presente de Deus para cada um de nós.

COMENTARISTA: Nos lares das famílias judias, correspondia à Mãe acender as luzes dos candeeiros e, assim, dar vida e alegria ao ambiente em que se realizavam as solenidades. Podemos supor que, na última Ceia, foi Maria quem o fez. A Igreja Católica, conservando essa bela tradição, inicia a cerimônia da vigília pascal com a “bênção” da luz, símbolo da vinda de Cristo, o Messias, luz do mundo. Também o uso das velas nos altares tem sua origem nesse antigo costume israelita.

(A “MÃE” acende as velas, enquanto. todos ficam de pé)

MÃE: Bendito sejas tu, Adonai, nosso Deus, rei do universo, que nos santificaste com teus mandamentos e nos guiais com amor nesta festa das luzes. Bendito sejas tu, Adonai, nosso Deus, rei do universo, que nos conservaste a vida até o dia de hoje. Que esta casa seja abençoada, ó Deus, e que a luz da tua benevolência brilhe sobre todos nos, trazendo-nos a paz.

TODOS:  Amém, Amém.
(Sentam-se todos)
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* Adonai é o plural de Adoní que significa “Meu Senhor”, nome com que os judeus chamavam a Deus 
DIRIGENTE: Na nossa vida nem tudo é tranqüilidade, nem tudo é alegria. Temos preocupações e muitas vezes desanimamos, mesmo sabendo que Jesus nunca nos abandona. Ele mesmo disse: “Coragem, eu venci o mundo”.

(O DIRIGENTE ergue as ervas amargas, enquanto todos perguntam)

TODOS: Qual o significado do marór?

DIRIGENTE: Marór significa erva amarga. Comemos marór para relembrar que os egípcios amarguraram a vida de nossos pais, como está escrito: ”Os egípcios odiavam os filhos de Israel, impunham-lhes a mais dura servidão, e amarguravam-lhes a vida com duros trabalhos na argamassa e na fabricação de tijolos, bem como com toda sorte de trabalhos nos campos e todas as tarefas que lhes impunham tiranicamente” (Ex 1 ,13-14).

(O DIRIGENTE ergue a cremeira com a hárosset, enquanto todos  perguntam:

TODOS: Qual o significado da harósset?

DIRIGENTE: A harósset, significa a argamassa e os tijolos que os escravos hebreus eram obrigados a fabricar no Egito. Misturada com o marór, simboliza a própria vida, feita de acontecimentos doces e amargos, mas sempre aberta à esperança.

TODOS:  Em tempos de opressão, não falte a esperança da liberdade; em tempos de liberdade, não se apague a lembrança da escravidão.

DIRIGENTE: Vamos tomar das ervas amargas e colocar nelas um pouco da harósset, comprometendo-nos a assumir a vida de cada dia, feita de dores e alegrias.

(Cada conviva embebe uma folha das ervas amargas na harósset)

TODOS: Bendito sejas tu, Adonai, nosso Deus, rei do universo, que por tua vontade nos santificaste e nos ordenaste comer das ervas amargas, temperadas com a tua doçura!

DIRIGENTE: Comemos dessas ervas amargas lembrando que celebrar a vida é ressuscitar, é não deixar o sofrimento nos desanimar. Celebrar a vida é recordar que a fome é causa da morte de tantas crianças e de famílias inteiras. Em seguida comeremos a carne assada, lembrando a perseguição sofrida por aqueles que lutam e que dão a vida em favor do próximo.

COMENTARISTA: “Pão em todos as mesas” é o sonho dos que amam a Cristo. Companheiro é aquele com quem repartimos o pão. Pão é símbolo forte do alimento que sustenta e dá vida. Durante os oito dias da Páscoa, os judeus eram obrigados a usar o pão ázimo (matsá: pão sem fermento) para comemorar a primeira Páscoa, em lembrança da saída do Egito, quando não houve tempo para levedar o pão. Jesus usou também desse pão para instituir a Eucaristia, na Ultima Ceia. É por isso que as hóstias que se consagram, em nossas Missas, também não contém fermento. E é por isso também que São Paulo nos aconselha a celebrarmos a Páscoa “não com o velho fermento da malícia, mas com os pães ázimos da pureza e da verdade” (l Cor 5,8).

DIRIGENTE: Este é o pão do tormento, que nossos pais comeram na terra do Egito. Todos vós que tendes fome, vinde e comei! Todos vós que o desejardes, vinde e celebrai a Páscoa conosco. Permita Deus redimir-nos de todo mal e de toda escravidão.

(O SERVIÇAL serve pão a todos...)

DIRIGENTE: Será servido agora o vinho, que nos leva a fazer memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. Vencendo a morte, com sua ressurreição Ele continua presente no mundo e nas nossas vidas. Que o vinho que beberemos nos prepare para a luta, nos alimente na esperança e no compromisso de lutar pela vida.
COMENTARISTA:  O vinho era servido quatro vezes durante a refeição pascal, retirado de uma jarra única para todos os convivas, como símbolo de união. Na Ultima Ceia, Jesus serviu assim este primeiro cálice de vinho, dizendo: “Tomai este cálice e distribuí-o entre vos. Pois digo-vos: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus” (Lc 22,17-18). O terceiro cálice de vinho, foi o “cálice da Bênção”.

TODOS: Bendito sejas tu, Adonai, nosso Deus, rei do universo, que criaste o fruto da videira.

(Dois ou mais participantes servem o vinho. Em seguida, todos comem o pão e bebem o vinho)

COMENTARISTA:  A palavra de Deus é alimento para nossa vida, é luz para nosso caminho. Ela nos ajuda a recordar e viver de novo a história dos nossos antepassados, a história do Povo de Deus. Ouviremos a proclamação desta história no Antigo Testamento.

(Entra um jovem trazendo a Bíblia e entrega-a ao dirigente
para que proclame a palavra de Deus (Êxodo 12,1 -14).

COMENTARISTA: Iluminados pela palavra que ouvimos e pelos gestos que vivenciamos, vamos agora expor a “charada cumulativa”, síntese da tradição judaica:

DIRIGENTE: Você sabe o que quer dizer UM?
TODOS:...... UM é Deus, Senhor do céu e da terra.
DIRIGENTE: Você sabe o que quer dizer DOIS?
TODOS:...... DUAS são as tábuas da Lei.
UM é Deus, o Senhor do universo.
DIRIGENTE: Você sabe o que quer dizer TRÊS?
TODOS:...... TRÊS são os Patriarcas
DUAS são as tábuas da Lei.
UM é Deus, o Senhor do universo.
DIRIGENTE: Você sabe...
TODOS:...... QUATRO são as Mães de Israel
CINCO são os livros da Torá*
SEIS são as partes da Mishná**
SETE são os dias da semana.
OITO são os dias para a circuncisão.
NOVE são os meses necessários para dar à luz.
DEZ são os mandamentos
ONZE são as estrelas do sonho de José
DOZE são as tribos de Israel
TREZE são os atributos de Deus

DIRIGENTE: O Senhor nos abençoe e nos guarde. O Senhor nos mostre a sua face e nos conceda a sua graça. O Senhor volte para nós o seu rosto e nos dê a paz.

TODOS:  Amém. Amém. Aleluia! Aleluia!

DIRIGENTE: Unidos nesta Ceia Pascal da partilha do pão, vamos dar-no o abraço da paz.

CANTO FINAL...

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* Torá é como um manual de comportamento dos judeus, composto pelos 5 livros atribuídas a Moisés.
** Mishná é uma compilação da tradição rabínica feita no primeiro século da era cristã.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Jovens da América Central se unem para plantar 5 milhões de árvores


13.04.11 - América Central
Jovens da América Central se unem para plantar 5 milhões de árvores

Camila Maciel
Jornalista da Adital
Adital
A iniciativa de plantar cinco milhões de árvores começou neste mês de abril com o encontro de 400 líderes jovens da Guatemala. Organizações de El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Guatemala e Panamá pretendem unir-se a eles e reflorestar a América Central com o objetivo de diminuir as mudanças climáticas. No dia 25 de Junho, a campanha "Reflorestando a América Central: mais que plantar árvores” será realizada ao mesmo tempo em todos os países, cada um com suas próprias metas.


O encontro na Guatemala será realizado por jovens de toda América Central com o objetivo de definir as estratégias e convocar voluntários. A Campanha envolve organizações sociais e ambientais que possuem como meta não só plantar árvores como também acompanhar o seu desenvolvimento. Das árvores que são mantidas a cada seis meses, oito das dez sobrevivem ao primeiro ano, segundo dados da organização.


A iniciativa é apoiada pela União para a Conservação da Natureza (UICN) e faz parte das comemorações do ano internacional dos bosques. Conta também com o apoio da Associação Centroamericana de Integração para República Dominicana (Proica- RD), de caráter civil.


Além da plantação das árvores, a campanha terá um componente cultural que permitirá atrair mais pessoas e incluí-las na conservação do meio ambiente. Participarão artistas, como cantores e poetas, que estão interessados em contribuir para a geração de maior uma "consciência ambiental” na população da América Central.


A conversão das terras agrícolas, a retirada insustentável de madeira, as práticas de gestão inadequada da terra e a criação de novos assentamentos humanos são as razões mais comuns para a perda de áreas florestais no mundo. "Este processo regional de jovens faz um chamado ao retrocesso do desmatamento e da degradação dos bosques da América Central e do mundo”, indica o comunicado de imprensa da Campanha.


O Plano pretende contribuir com a restauração da paisagem por meio do reflorestamento com o objetivo de promover os corredores biológicos, em especial, as áreas de recarga de água, margem de rios e zonas próximas a mananciais. Além disso, como resultado se buscará a redução do impacto dos problemas políticos na região centroamericana, através da plantação simbólica de árvores para promover a cultura e a paz na região. Estas árvores serão plantadas em lugares estratégicos para esta finalidade.


"Em nível social, esperamos que a campanha se transforme em um processo anual que permita o intercâmbio inter-regional e também intercultural com o empoderamento da comunidade centroamericana através de ações sócio-ambientais integrados e coordenados em nível regional”, afirma o Comunicado.


A Campanha


Este é o terceiro ano da Campanha, que se iniciou em 2009, quando foram plantadas um milhão de árvores na Guatemala. Em 2010 na chamada "Reflorestando Guatemala” alcançou-se a meta de cinco milhões.


Dados do Desmatamento


Segundo o informe "Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente da CEPAL”, a América Central perde anualmente 390 mil hectáres de árvores, e segundo o Banco Mundial o desmatamento representa 20% das emissões globais de gases do efeito estufa que contribuem com o aquecimento global e, também, com as mudanças climáticas.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Semana da Cidadania (SdC)

Semana da Cidadania (SdC)

14 a 21 de Abril de 2011
Eixo Temático: Juventude e Terra: Camponesas(os) e ribeirinhas(os)
Tema: Juventude, terra viva!
Lema: Da mãe terra: esperança e resistência.
Iluminação Bíblica: Parábola do semeador (Mt 13, 3-9)


Juventude Querida!
 Em comunhão com o conjunto da Pastoral Juvenil Latino Americana, desejamos viver o seu Projeto de Revitalização que nos propôs movimentos como o de aproximar, escutar, discernir para converter nossa ação pastoral. Em 2011, somos todos desafiados ao movimento de conversão, como Igreja jovem, a partir do lugar teológico Belém. Queremos estar com Jesus em Belém, comprometidos com a realidade juvenil, com aqueles que estão à margem, mas que estão atentos e confiantes na Boa Nova: nasceu para nós um Salvador!
 A mística de Belém é da valorização da relação com o mundo e com todas as coisas criadas, de forma mais fraterna, justa e sustentável. Nessa perspectiva, apresentamos a vocês a Semana da Cidadania 2011 (SdC), como oportunidade de refletir nossa relação com a terra, de alimentarmos a esperança e a resistência e de restabelecermos nossa fidelidade com um projeto de Reino, que é de justiça e emancipação!
 Convidamos todos os sonhadores e as sonhadoras do “outro mundo possível” e do Reino de Deus, a refletirem conosco a realidade das juventudes da terra. Somos parte dela e só podemos transformá-la se nos percebermos assim. Vamos lá?

Faça o download dos materiais clicando nos links abaixo:

Com carinho, esperança e resistência,

Pastorais da Juventude do Brasil – PJ, PJE, PJMP e PJR
e
Centros Maristas de Juventude (CMJs)


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Palestra

No dia 27 de Março de 2011, aos fundos da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, tivemos uma Palestra com o SGT Cruz, no qual foi falado da experiência dele no Haiti. Iniciamos às 17:30hs, falando de Zaquel. Logo em seguida foi passado alguns vídeos, um deles foi o da Cólera, uma doença muito comum no País, que acabou matando milhares de pessoas. Foi falado da fome, miséria, terremotos, uma coisa que despertou foi a comida dos Haitianos, que não era nada boa. Depois tivemos um grandioso Cachorro Quente, Refrigerante e Salgado. Todos ficaram satisfeitos. Em Seguida fomos todos para missa.

Por: Monique.